terça-feira, 25 de dezembro de 2012

vinte e oito dias; seis horas; quarenta e dois minutos; doze segundos. é quando o mundo vai acabar.
eu odeio do jeito mais bonito e intenso possível. eu amo do jeito mais feio e destrutivo possível. ser nada é algo que sei fazer realmente bem, baby.
eu vivo de ponta cabeça, eu sou a única que amo você quando está insano e ainda assim, continuo escrevendo pra te trazer de volta, pra trazer nós de volta. e nas silenciosas noites quentes eu tento sussurrar, eu tento lhe pedir pra que me olhes por dentro, por favor, me olhes por dentro. por fora eu não sou nada, não tenho nada de convidativo e que te faça ficar, nem vestida nem nua. sou vestida da cabeça aos pés de nada. eu só tenho uma frustração que carrego comigo para todo lugar que vou: everybody leaves, if they get the chance.
eu tenho um imenso e desmedido amor. eu tenho sonhos. eu tenho vontades. tenho culpas. eu só preciso assumir e organizar tudo isso, e assim, posso ser inteira de alguém.
(eu te espero)
(eu te espero nesse meu texto confuso e sem sentido)
eu te espero na minha desesperança, nas minhas obrigações de merda, no meu tesão, nos meus lábios secos.
eu estou com saudades de ser inteira.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

delírios, crises, entre outros da madrugada.


madrugada. decido te ligar, afinal, eu vou morrer. não hoje, mas algum dia, e isso é inaceitável, porra.
— alô. — você atendeu com voz de sono.
— baby, baby, baby...
— são quatro da manhã. what the fuck. preciso dormir pra trabalhar daqui a pouco.
— trabalhar? por que diabos? hoje é sexta-feira, baby, ninguém se importa.
— é assim que ganho meu dinheiro, não há outro jeito.
— eu vou morrer.
— por que?
— porque a vida é assim. bullshit. vou morrer. não hoje, mas algum dia...
— e quem se importa? hoje é sexta-feira, baby.
— ha-ha.
— preciso dormir...
— o mundo faz sentido pra você?
— tá bêbada?
— não.
— já disse pra não beber tanto... vai dormir.
— não tô bêbada, porra, eu tô é sem sentido. meus cigarros acabaram, enjoei de ouvir música e a tinta da caneta acabou.
— lave a louça.
— vá tomar no seu cu.
— tá.
— como você consegue?
— o que?
— ser tão... normal, não ficar mal.
— shit happens, não fique mal por isso.
— você é tão clichê.
— clichê é mais fácil.
— e estúpido.
— pelo menos não fico bêbado de madrugada.
— não sei por quê estou com você.
— meu oral é bom!
— você não fuma; odeia o cheiro. você não escuta música; pouco se importa e só usa a caneta pra fazer a porra de uma cruzada no jornal.
— foda-se.
— você não vê coisas que eu vejo...
você ri.
— acha minha boceta triste?
— acho sua boceta gostosa.
everything is so simply for you, baby baby, e eu adoro isso. não preciso de mais um bukowski na minha vida. preciso de calma e aceitar que uma janela é só uma janela, nada mais que isso.
tudo bem, estou angustiada, quase surtando, perdida, melancólica
mas pra você, eu estou bêbada, baby, só bêbada.

It's all over now, baby blue


o que eu sinto?
o que eu sei?
sei que tenho que me permitir sentir,
distinguir,
viver isso.
o que eu senti quando você me deixou?
o que eu senti voltando pra minha vida monótona que eu levava antes de te ter?
está cada vez mais difícil olhar para tudo isso, passar pelas mesmas ruas, passar em cada canto que eu estive com você
mas
você me fez ver coisas que eu não teria visto
me libertou
eu não podia dizer não para sempre.
oh baby blue,
eu não sei mais escrever
eu não sei mais olhar
eu não sei mais encarar
eu passo mal quando olho fixamente pra algo
eu não penso mais.
times are hard.
não escutarei mais beatles
não tomarei mais cafés
evitarei caras barbudos.
mas
eu entendo
a gente sempre fica entediado e
tem que partir.

Vamos sair porque os meus monstrinhos estão deprimidos de tanto ficar em casa


vamos sair e nunca voltar pra casa
porque voltar pra casa é chato
ninguém nunca faz café
e ninguém conversa;
vazio.
e quando há conversa
parece um bando de lobos furiosos
atacando uns aos outros.
vamos sair.
salva essa minha noite
salva essa minha vida.
vamos sair pra minha mão ter algo pra segurar:
sua mão.
vamos sair.
e não deixe minha boceta secar.
vamos foder nesses becos tristes da cidade
e nos banheiros dos barezinhos solitários.
vamos sair e sugar toda a tristeza dessas ruas
porque elas sofrem
e não sabem fazer arte.
mas a gente sim
a gente sabe.
vamos foder em tudo
e nos foder também.
foder a mente, a alma, a nossa salvação.
quero chegar no fundo do poço contigo
quero te mostrar os monstrinhos que vivem dentro da minha barriga e
faz doer tanto.
a gente consegue chegar até o fundo do poço
e inventar um buraco mais fundo
a gente consegue.
vamos sair
porque você é o único que consegue me fazer realmente sair.
sair de mim e dar uma passeada em você
você é o único que consegue fazer meus monstrinhos sairem e tomar um ar
porque eu os sufoco também
você é o único que pega minha solidão e dança.
mas eu tenho medo, baby.
quem me vê inteira assim…
quem me vê nua assim…
não me ama, não me quer;
sente dó.
esse corpo infeliz
rosto estúpido e engraçado
mas é tudo seu.
tenho medo de perder o encanto aos teu olhos.
me diz o que a gente faz quando não acredita em mais nada? — pego um cigarro — o que a gente pode fazer se a gente não consegue nem voar? ficar no chão? é chato pra caralho. o que eu faço pra tocar a nuvem? fico agoniada, não consigo nem tocar o teto do meu quarto.
nós somos monstros, lobos furiosos, iludidos pra cacete — acendo o cigarro, primeira tragada — não passamos de cachorros sujos. aquela moça gorda ali é uma coitada; aquele ali, alto e bigodudo: um coitado e ninfomaníaco; aquela lá na esquina, tá vendo? uma prostituta. e coitada.
nós somos inconsoláveis, cara. ser uma pessoa é simplesmente adquirir fobias e dúvidas ao longo da vida — mais tragos; cruzo as pernas — viver é um porre! eu queria ser o céu, nós queríamos ser o céu, mas eu não sou nem a porra da terra, porra. e eu ainda não tenho uma escada infinita que me leve até o céu — última tragada — porra, porra, porra, já são três horas da manhã, preciso dormir, cacete.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

Intertextualidade com Confissão de Charles Bukowski.

Esperando pela vida
como uma lagarta
pra sair do casulo

sinto muita pena de
minha mãe

ela vê este
corpo
frio e pálido
todas as manhãs

ela o sacode
e o sacode de novo

"Filha!"

E sua filha vai responder
mesmo morta

não é viver que me preocupa
é minha mãe
deixada sozinha com este monte
de nada
enquanto durmo.

No entanto,
quero que ela
saiba
que dormir
nas noites de angústia
a seu lado

e mesmo
com as discussões mais banais
eram coisas
realmente bonitas

e as palavras
que sempre tive dificuldade de
dizer
podem agora
ser ditas
antes que seja tarde demais:

eu
te amo.

quinta-feira, 6 de setembro de 2012

Sabe o que é mil pessoas falar com você em um dia, mas você não lembra nenhuma palavra que foi dita porque você não as escutou realmente? Você simplesmente não conseguiu escutar qualquer merda de qualquer alguém porque aquilo ali... não é você. Não é o que você quer ouvir. Não é o que você quer escutar. E até se pergunta se está realmente ali... se você é real.

O que é lar?

Lar é aquele cheirinho que fica no quarto da minha mãe quando ela está passando roupa, ouvindo música no celular e cantando baixinho. É tomar banho a noite, e debaixo do chuveiro, sentir saudade. Lar é saudade, é cada canto, cada corredor, cada parede... Lar é aquele domingo em que sua mãe manda você arrumar o guarda-roupa, e tu acaba encontrando cada coisa... Lar é aquele cheirinho do lençol que acabara de ser lavado. Lar é aquela pia cheia de louça pra lavar. É aquele chão díficil de limpar. Lar é cuidar. Lar é minha mãe. Lar é ele. É possível também que lar não seja um lugar, mas sim, uma pessoa.

sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Ser só eu é insuportável. Eu detesto essa coisa limitada. Queria poder viajar dentro das pessoas, de alguma música, dentro de sonhos, de tudo. Ser um só é um desperdício. É tanto espaço, tanto vazio, e dentro de mim sou oca. Eu poderia ser tantos, muitos.

things about you

Eu não sei te escrever. Parece que você vai além de tudo que posso entender. O que você pensa? Quais músicas você escuta? Você sente algo? O que você faz para matar o tempo? O que você pensa de mim?
Eu não sei, às vezes eu não sei. Será que eu te faço rir?
Você é como um estranho pra mim agora, mesmo que a gente se conheça um bom tempo. Você está dentro de mim, mas ainda não consegui te engolir inteiro. Tu é muita coisa, e assim eu fico assustada, porque não consigo te saber. Mas tô tentando te engolir, te comer e te ter inteirinho.
Estive pensando em nós dois... talvez os homens que eu não consiga escrever tão facilmente, são os que eu realmente amo.

domingo, 5 de agosto de 2012


O mundo todo pode ser estúpido e ignorante…
Eu posso me matar várias vezes em minha vida toda…
Assisti um filme ruim… vou me matar.
Perdi o ônibus… vou me matar.
Falei alguma besteira… vou me matar.
A gente morre muitas vezes enquanto tá vivo.
Sentindo uma tristeza infinita,
eu só tenho o tédio.
Ninguém pode me entender.
Todos podem me achar uma tola
e eu posso achar todos uns tolos…
O mundo tá todo fodido.
As pessoas estão todas fodidas,
até parece que o mundo virou puta.
E eu quero morrer.
Ninguém me consola.
”meus pais não me conhecem
meus amigos são chatos
e meu cachorro não me lambe”
Todos estamos tristíssimos,
mas mesmo assim,
viver parece a mais divertida das opções.

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Eu só
tenho o 
tédio
Eu não sei se o amor existe.
Eu não sei se algum dia amarei alguém de verdade.
Eu não sei se alguém vai conseguir me amar.
Eu não sei de tantas coisas...
Eu tô com medo de mergulhar em você.
Eu tô com medo de cansar de ti, como cansei de todo mundo.
Eu tô com medo de você ir embora.
Eu tenho medo de tantas coisas.
Quero amarrar nossos olhares.
Eu quero fumar um cigarro
tragar você.
Tá na hora de largar essa solidão que me fez companhia um ano mais ou menos.
Eu me sinto tão mal gostando de alguém.
Com medo de tudo.
Seria tão fácil
ter um coração de metal
mas será que a gente já não tem?
Eu não sei exatamente o que fazer com você.
Nem comigo.
Nem com a vida.
Eu não sei te tocar direito
eu não sei te olhar direito.
E não sei se consigo, porque você merece muito mais que isso, que eu...
Porra, eu não sei fazer isso.

segunda-feira, 2 de julho de 2012


Gosto de pessoas com o olhar estranho.

Gosto de viajar, mas tenho preguiça e não tenho dinheiro, então não viajo.

Gosto de ficar sozinha sem me sentir solitária.

Gosto quando percebo que alguém gostou do que eu falei e ri.

Gosto da vida, eu iria gostar mais se vivesse mais, mas não sei como fazer isso.

Gosto de ouvir música.

Gosto de acordar de manhã sem ficar com sono e me sentir ótima (coisa rara).

Gosto de brincar, mesmo não brincando.

Gosto do amor

sexo e

música.

Gosto ainda mais: fazer sexo com meu amor ouvindo música.

”Pra ser honesto, sou um pouquinho infeliz, mas tudo bem, acho que estou gostando de alguém.”

sábado, 16 de junho de 2012

Tem dias que a tristeza fica suportável.

Tem dias que ela me chicoteia, me arranha e me xinga.

Eu adoro os dias que nem percebo sua presença. Parece que eu não existo, que sou o vento, um passáro, uma pessoa livre. E não existe outro sentindo como esse, e eu pego fogo. Pequenas faíscas de felicidade surgem quando sorrio. Sorrio sozinha, mas não há nada melhor do que essa sensação. Esse gosto de vida, essa felicidade sem motivo. Felicidade porque não há tristeza. 

E todos da cidade me perguntam o por quê de toda essa alegria. Alguns dizem que é por causa de sexo, outros de dinheiro e tem até uns que pensam que vi um Deus. Essa felicidade é tão rara e tão minha que eu não falo pra nenhum deles, digo que consegui dormir mais cedo, sujei pouca louça no dia, arrumei um namoradinho. De jeito nenhum lhes conto minha forma de alegria, até porque não existe forma.

Minhas alegrias e tristezas vem e vão embora sozinhas. 

quinta-feira, 14 de junho de 2012


Esse vazio, esse nada. Não há o que escrever. Nada acontece comigo. Nem um grande amor que adoce meus pensamentos à um acidente que me deixe em coma por um bom tempo. Tempo suficiente para meu cabelo e minhas unhas crescerem e esses dias tristonhos e vazios acabarem.
Cansa deitar em minha cama e me encher de pensamentos como ''Minha vida é uma puta merda entediante'' até pegar no sono...
Não penso nos olhos, rosto, palavras de alguém porque ninguém me desperta o interesse. Sabe o que é uma centena de pessoas falar com você em um dia, mas você ainda se sente vazia e sozinha porque você não as escutou realmente? Não consigo prestar atenção em qualquer merda que qualquer alguém fala porque aquilo ali não sou eu. Não é o que eu quero ouvir. Não é o que eu quero escutar, e até me pergunto se eu estou realmente ali.
Hahaha, eu me odeio.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Ruim de me olhar no espelho. Ruim de andar esquisita pra lugar nenhum. Ruim, ruim e ruim. Vendo meus amigos cheios de planos para o futuro, animados e com alguém para ficar no sábado à noite. E eu? Que porra tô fazendo aqui? Me dá dor no estômago só de pensar em ser alguém na vida. Sabe, eles... eles pensam, planejam, desistem, planejam de novo, descobrem e seguem alguma coisa. E eu fico parada aqui roendo minhas unhas e ouvindo algumas músicas. Eu poderia me esforçar, eu sei disso. Mas é que quando eu quero algo, simplesmente não acontece. Nada. Já fiz tanta coisa pra mudar isso e sempre acabo no mesmo. É um ciclo cansativo e doloroso que nossa, eu não tenho forças nem para me movimentar mais. Me sinto exausta o tempo todo.
Eu tenho vontade de chorar.
Chorar não resolve nada, que absurdo.
Eu quero tanto viver.
Viver é tão sem sentido que nossa, quero morrer.

Cigarro, Smiths, sexo, você.

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Deixe-me ser um pássaro, deixe-me ser livre

E aqui estou eu
de novo
que absurdo
tão sozinha e pequena neste mundo.
Tão sem vida.
Que porra faço de minha vida?
Eu faço porra
oras.
Quanto tempo livre
uma pessoa tem
antes que a cabeça adoeça de vez?
Quanto tempo livre
eu tenho para ser livre?
Então me deixa
me deixa ser um pássaro.
Diga-me que sou um pássaro então.
Deixe-me voar quando as coisas por aqui ficarem ruins.
Deixe-me deixar de ser mais um porra nessa porra de vida.
Me adoeça. Me cura. Me desaba. Me segura. Me grita. Me arranque a blusa. Me abusa. Me diga. Me deixa. Me volta. Me mata. Deixe-me ser um pássaro. Deixe-me ser livre.

quinta-feira, 10 de maio de 2012

Eu vejo pessoas. Pessoa.
Pessoas são como uma pessoa.
Todos iguais, obedecem iguais, entendem iguais e fazem iguais.
Cópia um dos outros.
Se você não sabe receber ordem, você não vive, disse-me minha mãe.
Então me diga
pra quê viver.
Eu cago pra toda essa merda, pra toda essas regras.
Eu posso mijar na cabeça desses merdas.
Claro que eu posso
eu sou a única que entende
É claro que eu posso.
Me dão dor de estômago todo sagrado dia.
A morte deve ser a felicidade.
O isolamento deve ser o bem-estar, talvez.
Não regulo bem da cabeça
E assim
em meu quarto escuro
com as janelas fechadas
e sem estar ciente da minha existência,
talvez assim
me encontre
encontre a felicidade.
Felicidade feita pra mim.

quarta-feira, 9 de maio de 2012

Eu não estou triste mais.
Eu acho que não estou triste mais.
O desejo de dormir por mil anos e de não crescer e de morrer aumentou, mas isso está suportável, é tanto faz.
E assim eu não sou tristeza.
Nada me incomoda tanto.
Não estou ciente da minha existência.
Talvez é tudo ilusão, talvez minha cabeça esteja voando por aí em outros cantos.
Talvez, talvez. Talvez eu consiga parar de pensar, talvez eu não me incomode mais.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Eu estou amando. Então estou me preparando para um funeral.
Eu estou mijando. Então estou me preparando para um funeral.
Não, eu não quero um enterro. Eu quero vida. Mas como se vive?
Me ensina, mestre. Me ensina.
Quero aprender a viver. E desaprender a morrer todo dia.
Eu sorrio, e então estou me preparando para um funeral.
E sempre, às 7h00 da manhã, o meu enterro.
Todos da cidade se esqueceram. Os meus amigos superam minha morte todo dia. Preciso fazer o mesmo.
Então, por favor, mude o cemitério e meu caixão. Estou cansada dessa mesmisse.
Isso é o mundo?
Não, não pode ser. É apenas minha morte. É apenas meu funeral, com flores e poucas pessoas. É meu enterro. Sou eu mesma me enterrando às 7h00 da manhã.

domingo, 22 de abril de 2012

Paredes brancas do meu quarto

O branco está me chateando
Está me sufocando
Está mandando eu me animar.
O branco é ânimo. É renovação.
Desculpe, mas sou velha. Sou toda feita do velho.
Todos olham para mim
Todos gostam de me ver contorcer na cama de dor.
Todos aplaudem
Todos de branco
Então
Fecho as janelas.
Mas ainda ouço palmas satisfeitas
De idosos invisíveis.
Seus grandes filhos da puta
Não tirem minha vida jovem.
Mas me aprofundo no branco
Me afogo e me morro
E você me salva
Entrando dentro de mim
Me virando do avesso
E eu olho morta para o teto e depois dentro de você
E você continua metendo rápido.
Entra dentro de mim.
Vamos foder e subir essas malditas paredes brancas do meu quarto.
Vamos arranhá-las e chutá-las e sujá-las.
Porque elas me sufocam, quando estou sozinha
Elas me deixam deprimida.
Mas você não sente isso
E aí me diz que, são só paredes brancas do meu quarto.
Só paredes.

quarta-feira, 28 de março de 2012

Gostaria tanto de te ver caminhar
sorrir e chorar com sua boca e olhos
olhos tão claros e doces
doce sua boca
tão doce
que nossa
eu não sei.
Ah guri
você poderia ter nascido
pra tirar minha tristeza
minha doença.
Você poderia ter nascido
pra me tirar
pra tirar eu
do chão.
Sou tão doce
que nossa
eu não sei.
Seremos doces
então guri
você poderia ter nascido.